"Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha, e não nos deixa só, porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso." Charles Chaplin.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Lobisomem


Remontam à antiguidade as lendas sobre a mutação de pessoas em animal: lobo ou urso na Europa e no norte da Ásia, hiena ou leopardo na África, tigre na Índia, China, Japão e em outras regiões do continente asiático.
Lobisomem é uma figura fantástica, misto de homem e lobo, que vagueia à noite pelos campos e ermos e ataca cães e gente. É a mais universal e antiga das superstições. O historiador Heródoto (Heródoto (c.484-c. 420 a.C.)).
Historiador grego. Primeiro escritor em prosa do Ocidente, autor de descrições pioneiras do mundo antigo. ) já se referia ao lykanthropos (de lykos, "lobo", e anthropos, "homem"), tal como vários escritores romanos, como Plínio o Velho, Plauto e Ovídio. Para os alemães e os eslavos, é o Werwolfe e o you-koddlak. Em inglês, é o werewolf; em francês, o loup-garou.
Na Europa medieval, acreditava-se que alguns indivíduos tomavam deliberadamente a feição do monstro, enquanto em outros a condição era herdada ou adquirida após a mordida de um lobisomem, e transformavam-se sob a influência da lua cheia. Na França do século XVI, essa suposta peculiaridade provocou a execução de muitas pessoas; raramente se aventou a hipótese de sofrerem elas de uma doença mental, chamada pela psiquiatria moderna de licantropia, na qual o paciente pensa ser lobo.
No interior do Brasil, a lenda vem da tradição portuguesa, para a qual a pessoa transforma-se em lobisomem por obra do destino. Em geral, ocorre ao filho incestuoso, de 13 anos, ao encontrar-se, numa noite de sexta-feira, no lugar onde se espojou um cavalo. Daí por diante, todas as sextas-feiras, da meia-noite às duas horas da manhã, o lobisomem cumpre sua ronda de visita a sete cemitérios, sete vilas, sete partidas do mundo, sete outeiros e sete encruzilhadas, e volta ao espojadouro, onde reassume a forma humana, magro, macilento, de orelhas compridas e nariz afilado. Para desencantar o lobisomem basta um ferimento que faça sair sangue. Se alguém sujar-se com ele, herdará igual sina. O lobisomem denuncia-se por seus uivos e deixa rastros redondos, em forma de fundo de garrafa.

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